sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Chile confirma mais 6 mortes e atribui incêndios a atos terroristas

A onda de incêndios florestais que castiga o Chile e que o governo atribui em parte a "atos terroristas" tomou contornos ainda mais dramáticos nesta quinta-feira com a morte de seis brigadistas na região da Araucanía, no sul do país.
As seis novas vítimas se somam a uma pessoa falecida na semana passada em Bío-Bío.
A tragédia que matou os seis brigadistas aconteceu na tarde desta quinta-feira em uma zona denominada Rinconada de Los Laureles, nas cercanias da localidade de Carahue, a 700 quilômetros ao sul de Santiago.
Uma equipe de trabalhadores contratados para extinguir o fogo em um terreno da companhia madeireira Forestal Mininco ficou presa pelas chamas após uma súbita mudança na direção do vento.
Quatro brigadistas ficaram feridos e foram transferidos ao hospital regional de Temuco, mas outros seis não conseguiram escapar e morreram carbonizados, confirmou o presidente chileno, Sebastián Piñera, que assegurou que o fogo foi provocado.
"Temos informação confiável que nos faz presumir que por trás destes incêndios houve uma intencionalidade criminosa", disse o governante em entrevista coletiva no Palácio de la Moneda.
Desde a semana passada as chamas arrasaram mais de 55 mil hectares de pastagens e florestas, incluídos parte do parque nacional Torres Del Paine, a dois mil quilômetros ao sul de Santiago, na região de Magallanes.
Equipes de promotores estão trabalhando nas regiões de Bío-Bío e Araucanía para investigar a origem dos sinistros e estabelecer possíveis responsabilidades.
Pelo incêndio no parque Torres del Paine, declarado Reserva da Biosfera e já reaberto parcialmente, está sendo processado o turista israelense Rotem Singer, que supostamente provocou o fogo ao queimar um pedaço de papel higiênico.
Outro homem de 31 anos é acusado de ter acendido fogos de artifício que teriam provocado um dos focos declarados na região de Bío-Bío.
Além dos seis brigadistas mortos nesta quinta-feira, um idoso faleceu na semana passada em um incêndio perto do município de Quillón, a 450 quilômetros da capital, em Bío-Bío, após negar-se a abandonar sua casa.
As autoridades buscam também um homem de 70 anos que foi visto pela última vez em 1º de janeiro na mesma região.
No total são 55.636 hectares arrasados em 60 incêndios, dos quais 19 estão ativos, 26 controlados e 15 extintos. Lutam contra o fogo dois mil brigadistas, alguns deles procedentes de Argentina e Uruguai.

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